Guest Teix: Nouvelle Rita
Nouvelle Rita, a portuguesa dos traços tridimensionaisEla começou a tatuar por acaso, enquanto cursava a faculdade de Belas Artes de Lisboa. Anos depois, faz do hobby a sua profissão, criou uma linha de desenhos autorais com linhas tridimensionais que a tornou conhecida e viaja pelo mundo deixando as marcas de sua arte.A portuguesa Nouvelle Rita participou em novembro do Programa de Guests da Teix. Foi sua primeira experiência em Curitiba, após tatuar em, Roma, Berlim e São Paulo. “Já seguia o trabalho do estúdio e do pessoal que lá trabalha antes de vir para cá e pareceu-me um conceito bastante interessante. O fato de não separarem completamente a tatuagem de outras artes é inovador, já que até há bem pouco tempo a tatuagem sempre esteve um bocado à margem e até numa constante batalha para se afirmar como arte. É uma discussão que sempre existirá, mas penso que na Teix se consegue sentir muito mais essa proximidade”, conta.
Leia a entrevista com a artista:
Conte
um pouco da sua história.
Tenho
28 anos, nasci em Setúbal uma cidade a 45 minutos a Sul de Lisboa. Fica perto
do mar, tem uma serra bonita e há golfinhos no rio. Moro e trabalho em
Lisboa. Estive na faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa por
6 anos, primeiro em pintura durante 3 anos e depois em cinema de animação.
Como
a tatuagem entrou na sua vida? E como virou sua profissão?
Tornou-se
a minha profissão tal como entrou na minha vida: por acaso. Foi cerca de um ano
depois de terminar a faculdade que comecei a tatuar. Na altura estava casada
com uma tatuadora (Tania Catclaw) ela tinha material a mais lá em casa e decidi
experimentar porque estava um pouco aborrecida, sentia-me um pouco estagnada.
Nunca pensei que fosse gostar tanto e desde então não parei mais. Isto foi em
outubro de 2013. Nunca antes tinha pensado que gostaria de seguir o percurso da
tatuagem, mas penso que o fato de o ter seguido numa altura não muito boa da
minha vida fez com que me agarrasse à tatuagem com muito mais força do que se
tivesse sido noutra altura qualquer. Apercebi-me que ao ter observado a Tania
durante 5 anos e estado bastante próxima da evolução Dela e dos desafios que
iam surgindo na tatuagem, já sabia bastantes coisas a nível de técnica quando
comecei, o que me ajudou a ter uma evolução bastante rápida.
Qual
a sua proposta de trabalho e como é o seu processo de criação e execução.
Eu
tento fazer objetos tridimensionais que sejam facilmente reconhecíveis à
primeira vista, mas que observando mais de perto se possam descobrir novos pormenores
que a uma certa distância passam despercebidos. Tento dar todo o volume e
sombra apenas a partir do contraste entre espessura, direção e distância entre
linhas. Para mim é um processo bastante automático que não sei bem como
explicar.
Você
já conhecia a Teix?
Já
seguia o trabalho do estúdio e do pessoal que lá trabalha antes de vir para cá
e pareceu-me um conceito bastante interessante. O fato de não separarem
completamente a tatuagem de outras artes é inovador, já que até há bem pouco
tempo a tatuagem sempre esteve um bocado à margem e até numa constante batalha
para se afirmar como arte. É uma discussão que sempre existirá, mas penso que
na Teix se consegue sentir muito mais essa proximidade.
Como
foi sua experiência por aqui?
Foi
muito positiva, me senti confortável e toda a gente me fez sentir bem vinda e
como se fizesse parte da casa. Não só no aspecto profissional mas também quando
guardávamos as agulhas.
Onde
pretende chegar com o seu trabalho?
Quero
continuar pela estrada em que estou e ver onde ela me leva. Não tenho quaisquer
expectativas formadas para o meu trabalho, nunca tive, e até agora tenho ficado
muito feliz com as surpresas que tenho tido. Para mim o mais importante é
gostar do que faço e fazer os meus clientes felizes, e tenho a sorte de já o
estar a fazer, não posso pedir muito mais.
Confira
as tatuagens realizadas nesta temporada:
SERVIÇO:
Estúdio e Galeria Teix
(41) 3018-2732 | 3019-2294
Al. Algusto Stellfeld, 1581 - Batel Soho
estudioteix@gmail.com
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